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Mostrando postagens de julho, 2009

No olhar

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Olhava o mundo através de uma janela. Via somente o que ela permitia. O horizonte foi suprimido. As gotas distoceram as imagens. Já não sabia distinguir o que via. Os dias estavam chuvosos, portanto, sempre uma visão prejudicada. Pouca luz, como caminhar sem tato? Como examinar o caminho sem poder ver corretamente? As mãos que se apresentavam, não poderia segurá-las, afinal de contas, não conhecia os rostos. Só. No mais profundo sentido da palavra. Como comunicar-se com uma face disforme ? Não tem o contato olho no olho... E o mesmo vale para quem olhava o outro lado... Tinham ou tem uma visão distorcida. Na vida, muitas vezes nos sentamos à frente de uma janela e permitimos que nosso horizonte seja limitado, permitimos que nossa visão fique confusa. E se nós estamos confusos, não podem nos ver da maneira como somos... Olharão para como se também estivessem à beira da janela toda molhada. Tua face, personalidade e caráter não são conhecidos. São apenas imaginados à man

Te espero...

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Como sentir sua falta se nunca estive contigo? Por quê esperar, se não sei se vem? As mãos dadas evidenciam que muitos encontraram o que sonho... As máscaras não me impressionam, sei que não as usa. As lágrimas rolam pedindo que venha secá-las... Olhando as estrelas, tento imaginar se algum dia estaremos juntos olhando para elas. Será que sonho demais? Será que você realmente existe? Mantenho por ti um sentimento constante e imutável. Sentimento que não sei de onde vem. Sentimento que devo guardar na esperança de um dia encontrar este alguém. Sinto a brisa me tocar... O vento nos cabelos ... Tento pensar que os elementos trazem uma mensagem de ti. Passo a passo, caminho esperando que venha segurar minha mão. Esperando que venha receber este sentimento que não me pertence. Pertence a ti... Que não vem... Que não chega...

Dança das palavras

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Sempre que penso em escrever, fico me perguntando: Sou bom nisso mesmo? Por tantas vezes quis ser isso ou aquilo e não encontrei um ponto certo. Leio alguns autores e fico extasiado com a maneira de expor idéias, com a facilidade de transportar pessoas a qualquer lugar. A escrita surge em minha vida nos momentos de desabafo, quando as palavras verbalizadas não são suficientes, algo deve ser construído para complementar. É como a vida, deve ser construída dia a dia. Não sei se ocorre com todos, mas as palavras ficam reverberando em minha mente, se encaixando e pedindo para serem grafadas mesmo que não façam sentido, mesmo que alguém precise recolocá-las nos seus devidos lugares para que se torne algo inteligível. Elas dançam como num balé e chamam acontecimentos e atitudes para ilustrar o que exigem que seja composto. O vocabulário faz parceria nesta dança, sonha ser rico, mesmo tento plena ciência que ainda engatinha... Vocês que dominam as artes, respondam a este aspirante a algo, co